Já ouviu aquela máxima “dinheiro não cai do céu”? Pois é, aposentados que percebem quantias elevadas de crédito repentinamente nas contas bancárias ficam com uma impressão inicial de uma exceção à máxima. Mas, ao serem descontados da primeira parcela de um suposto empréstimo, logo perdem a ilusão. O pagamento das parcelas ao final do contrato significará uma grande perda financeira em função dos juros. Essa situação é vivida por aposentados vítimas de empréstimos consignados não solicitados.
O golpe acontece quando os criminosos operam como agentes de financeiras e autorizam o crédito em nome da vítima. O dinheiro cai na conta do segurado, porém as parcelas com juros também. Para o golpista, a vantagem é ficar com as comissões que remuneram o agente de crédito e a instituição responsável por intermediar o empréstimo. Para o agente financeiro, que pode ser até um funcionário do banco, encaminhar a operação do crédito será preciso ter todos os dados pessoais e bancários da vítima.
A operação de crédito deve ser informada pela instituição financeira ao Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) que vai registrar no perfil individual do aposentado no sistema meu INSS ou mesmo no perfil do funcionário público quando a vítima é um servidor estatutário. A comunicação entre as instituições possibilita que o banco realize os descontos diretamente dos benefícios previdenciários do aposentado ou pensionista, cobrando a taxa abusiva e os juros, resultando em uma cobrança de valor bem mais alto que o inicialmente depositado em crédito.
Foi vítima de golpe? O que fazer no caso de empréstimo não solicitado?
A vítima de crédito não solicitado deve primeiro conferir no banco ou instituição financeira na qual o empréstimo foi contraído o máximo de informações sobre data, valor e documentos de autorização. Entrar com um pedido de suspensão e cancelamento do valor e das parcelas. Registrar tudo em um protocolo de atendimento em canais oficiais da instituição.
O segundo passo é fazer registro de boletim de ocorrência junto a uma delegacia de polícia ou mesmo em sites de delegacia online. Quanto mais documentos que comprovem a fraude, maiores as chances da investigação policial ter andamento. O terceiro passo é recorrer aos órgãos de defesa do consumidor para fazer a queixa e pedir orientação sobre como entrar com ações judiciais e solicitar ressarcimento e danos morais das instituições que permitiram a fraude.
Como evitar ser a próxima vítima do golpe do crédito não solicitado?
Não há uma blindagem garantida, mas a mudança de hábito e a adoção de conduta preventiva pode fazer muita diferença para determinadas situações. Os cibercriminosos costumam usar os dados pessoais e financeiros fornecidos pelas próprias vítimas em outra situação, por exemplo, preenchimento de cadastro em site falso ou ligação de falso atendente de algum serviço. Por isso é importante sempre desconfiar quando uma pessoa ou site solicitar dados excessivos. Outra dica é jamais fornecer número de cartão de crédito e senha, aliás, não forneça senhas a terceiros em nenhuma hipótese.
Fonte: https://www.serasa.com.br/premium/blog/golpe-do-credito-nao-solicitado-cresce/
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